Lê-lo-ei

Desde rebento já fazia escrever. E sempre sem desviar-se do objetivo. Às vezes com um gesto ou com um som, chamava a atenção, persuadia e alcança a meta, com plano traçado. Um choro, dos bem chorados, acordava os interessados e sempre os fazia entender, qualquer que fosse o querer. Hoje, em degrais Maslownianos mais altos, já não chora mais. Hoje faz rir e chorar. Quem escreve mais, chora menos. (é tudo ficção).

21.11.06

Pães - Aos Pais e Mães

Pais e mães, eu gosto de doce antes da refeição, Chocolate pra mim é arroz e balinha de goma é feijão. Tio, eu ainda não tenho uma namorada e não sou seu campeão, Eu nem concorro em nada, pra ganhar tanto beliscão. Na minha casa eu aprendi, não pedir video-game pro papai do céu, Eu espero o natal e peço pro papai noel.

Quando eu ando de carro imagino um balão na janela a voar, E nele eu me vejo a me ver viajar sem sair do lugar.

Não quero que vocês me entendam, Só quero fazer o que der na minha cabeça pequena. E é tanta coisa que não tá cabendo, Nem se eu tirar o boné, nem se eu fingir que não é Tudo de dentro de mim, tudo que eu quis assim, pois é.

Desenho você todos juntos e vejo o desenho mexendo. Será que sou eu quem sou louco, ou vocês que não querem me ver? O mundo é mais encantado, quando o encanto não segue ditado. A gente é sempre feliz quando a criança na gente é quem diz.

Quando eu ando de carro imagino um balão na janela a voar, E nele eu me vejo a me ver viajar sem sair do lugar.

17.11.06

Feliz Idade

Passa um mês de toda a vida que já se passou e de tudo que ainda há de vir. Só há o que somar e dizer que faz sonhar todos os meses que ainda vão passar. Um mês inteiro é pouco quando se vê o quanto de tempo carregamos no olhar. O tempo que passa é alicerce para os sorrisos, choros e sonhos que virão sem duvidar. Máquina do tempo, teletransporte, a gente só pode sonhar, mas o que a gente vive hoje, só nós resta aproveitar. Que venhão milhões de meses, sem medo de amar.

13.11.06

Onde está seu céu?

Das amenidades, nem sempre tão amenas, do dia-a-dia há uma que nunca me passa despercebida: a reclamação. Sempre há os que me chamam para reclamar sobre suas faltas e sobras, suas dores e amores dolorosos. Todos os dias, sempre, sem combinar. Para agradecer ou comemorar, só quando muitos puderem ouvir, de hora marcada, com hora para terminar. Eu quero mais comemorar, não ficar apenas no "TUDO BEM" dos cumprimentos, na busca por respostas de perguntas que, em maioria, nem deveriam questionar. Pois é, o céu está sempre mais perto dos que não estão a buscá-lo e passam seu tempo livre a contemplá-lo. Não há tempo nessa curta vida para querer felicidade, ser feliz é hábito que não se pára de treinar. Hábito que não enjoa, mesmo quando faz chorar, que não leva tempo nem nos faz cansar. Felicidade, não como eu já disse antes, tem sim uma fórmula eficaz: Um dia feliz é só você quem faz.

6.11.06

Silenciosas Conversas de Olhar

O meu amar é querer estar cansado ou temperado sempre dividindo a dúvida ou a certeza de dividir saciado e ansioso sair querendo voltar às voltas de querer ficar atração inexplicável, só de olhar entender o outro fácil só de ouvir respirar saber que mesmo nublado a luz há de raiar logo em breve pois nunca faz apagar. Silenciosas conversas de olhar isso é que é o Amar.

1.11.06

Negócio Fechado

Quem disse que eu não tenho razão? Comprei e vou levar, gostei, não vou trocar. É da cor que eu sempre quis e me faz sorrir demais. Não vem falar dos defeitos, eu já vi direito e entendi porquês. Deixa eu ser um satisfeito com o mundo perfeito do jeito que eu vi. Deixa eu ser apaixonado pelo pacote fechado que eu escolhi.

NÃO HÁ ACASO NO VENTAR

Pleno de suas faculdades emocionais, buscando correntes novas de vento razão, o pássaro enxergava de longe o alto do morro no qual nem a chuva chegava. Ele sabia que era lugar reservado somente aos que voavam e já estava cansado de temer os riscos do vôo. Ali no chão era ave respeitada pelas histórias de planar que contava aos outro que, como ele, temiam o ar. Mas era temor limitado pois sabia que o dia de voar havia chegado. Conheceu naquele verão o ser de penas que acalmou seu coração. Foram juntos à beira do galho se jogar na imensidão. Desde aquele salto não se ouviu mais seus pios. Apenas um canto feliz do longe que que parecia chamar ao amor, os que vivam no chão, na dor. Voa que é para ver que o amor nunca vem à toa.