Lê-lo-ei

Desde rebento já fazia escrever. E sempre sem desviar-se do objetivo. Às vezes com um gesto ou com um som, chamava a atenção, persuadia e alcança a meta, com plano traçado. Um choro, dos bem chorados, acordava os interessados e sempre os fazia entender, qualquer que fosse o querer. Hoje, em degrais Maslownianos mais altos, já não chora mais. Hoje faz rir e chorar. Quem escreve mais, chora menos. (é tudo ficção).

20.9.06

Mais Valia Morrer de Sede...

Certa feita, um certo senhor, cansado de beber água ao gosto de São Pedro, resolveu cavar um poço na entrada de seu quintal. Foram dias de trabalho e muita terra mexida, mas ao ver brotar a água sentiu-se orgulhoso da lida. Resolveu então comemorar o feito, matou 6 cabritos pra assar naquela noite. Convidou o padre, o barão e o prefeito para beberem um pouco do rio que cavara, dito e feito. O gosto da água não agradou e o povo, resmungando se mandou. O senhor, triste e cansado, resolveu se vingar. Subiu ao leito do rio da cidade e fez uma pedra rolar, deixando a bica da praça secar. A sede atacou feito peste, antes de se voltarem ao senhor, muitos morreram orgulhosos do desdém que demosntravam pelo trabalho daquele, que viria a ser Seu Salvador.
Seu salvador não deu mole. Cobrou caro cada gole e se sentiu compensado pelo tamanho trabalho que teve para fazer o povo todo dobrar-se em joelhos na porta de seu quintal. Assim nasceu o Capitalista, que só enxerga capital, só valoriza o trabalho que não tem gosto ruim, as sobras do seu cascalho nos vende cobrando caro, fazendo-nos tolos assim.