Lê-lo-ei

Desde rebento já fazia escrever. E sempre sem desviar-se do objetivo. Às vezes com um gesto ou com um som, chamava a atenção, persuadia e alcança a meta, com plano traçado. Um choro, dos bem chorados, acordava os interessados e sempre os fazia entender, qualquer que fosse o querer. Hoje, em degrais Maslownianos mais altos, já não chora mais. Hoje faz rir e chorar. Quem escreve mais, chora menos. (é tudo ficção).

11.7.06

Já tentou olhar você como se fosse outra pessoa?

Eu já, e daí?
Daqui de dentro eu vejo mais longe
Muito mais longe do que eu via aí de dentro
Já tentei enxegar assim outras vezes
Mas daí de dentro foi impossível
Daqui de dentro eu vejo o que eu nunca quis ver
Os caiminhos que eu nunca segui
As pessoas que eu nunca encontrei
Daí de dentro não
Daqui de dentro eu entendo os porquês
Por que sim e por que não e daí?
Vejo os erros e os acertos e as desulpas
Daí de dentro não
Daqui eu estou fora daí
Daí eu só estou dentro, fechado
Daqui é bom, mas não é daí
Daí sou eu, daqui eu não
Volto praí pra lembrar o que eu vi daqui
E saber o que eu não fiz daí
Aqui é fora, mas não demora eu tô devolta
Aí vou eu.