Lê-lo-ei

Desde rebento já fazia escrever. E sempre sem desviar-se do objetivo. Às vezes com um gesto ou com um som, chamava a atenção, persuadia e alcança a meta, com plano traçado. Um choro, dos bem chorados, acordava os interessados e sempre os fazia entender, qualquer que fosse o querer. Hoje, em degrais Maslownianos mais altos, já não chora mais. Hoje faz rir e chorar. Quem escreve mais, chora menos. (é tudo ficção).

4.10.06

Personagens D´eus

Se nunca foi visto antes, pelo menos por nenhuma plateia que não fosse o próprio, fica difícil sair sem atuar. A dúvida de qual dos eus são teus tornam-lhe todos eles, mas ao mesmo tempo, nenhum deles. Tu és interrogação sem pergunta. Para onde vais correr quando vier o fim se não sabes nem se acredita que termine? Termina, mas começa novamente, sempre. Esse palco não tem marcação de tempo, nem de posição, espontâneo é só improviso e o texto é o teu viver. Se vives, se escreve, sem viver, és papel em branco e vácuo. Se te deixas escreverem é por vontade tua, se não deixas fica vago, sem sentido para fora. Assitio seu triste fim e choro, sem pensar que pode ser pelo mesmo caminho que eu termine, assim.