Um rosto sem homem.
Massacraram-no impiedosamente. Todos despiram-se de suas diferenças e se fundiram num só ser, tirano e cruel, e apagaram-no do mundo junto com tudo o que trazia consigo. O homem que um dia se levantou contra a multidão e, em silêncio, negou-se a cantar o refrão. O que importava para ele era a harmonia, o refrão só servia para marcar a carcaça das crias, organizadas em pastoreio. Difundiu-se então um sentimento de unidade na massa, de forma que caíram todas as máscaras, antes segregadoras, e ergueu-se um grande muro à volta daquelas almas. Serviu aquele servo descrente para derrubar a crença imposta desde sempre. Foi um mártir que morreu novamente quando seu sangrar foi transformado em refrão pelos que deram cabo de sua existência. Hoje cantam seu nome e vestem seu rosto.
Bá Chê, agora quem compra sou eu, você.

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